terça-feira, 25 de março de 2014

DECISÃO





No caminho do autoconhecimento, uma qualidade se torna essencial: a decisão. Ser decidido significa abandonar totalmente a hesitação e não se deixar influenciar pelas tentativas constantes da mente de nos fazer desistir da jornada.
E os argumentos serão muitos, desde aqueles que tentam nos fazer duvidar dos mestres, até os que buscam nos desviar para prazeres imediatos e supérfluos.

Se não estivermos firmemente focados no objetivo de mergulhar profundamente em nosso próprio interior, certamente nos deixaremos seduzir facilmente por estes chamados.
Afinal, seguir o desconhecido, sem nenhuma garantia acerca do que encontraremos no final, é um desafio que exige determinação e coragem.
O divino, este aspecto misterioso de nosso ser é, ao mesmo tempo, nossa natureza essencial. Por mais paradoxal que pareça, buscamos afinal o que já possuímos, devendo para isto deixar de lado o que não nos pertence.

O ego, -nosso falso eu-, é desde sempre um conhecido, com ele desenvolvemos intimidade e por essa razão, passamos a dar-lhe total crédito, mesmo quando ele nos faz acreditar em falsos paradigmas.
Somente a persistência e uma confiança absoluta no processo, pode nos levar finalmente a experimentar um novo patamar de consciência, onde as dúvidas vão aos poucos dando lugar a um novo estado de ser, onde o sentimento de que a existência é sempre perfeita, do modo como se apresenta, tornam-se naturais.

INSATISFAÇÃO


 

Um dos sentimentos mais experimentados pelos seres humanos nos dias atuais é o de insatisfação. Por mais que o avanço tecnológico nos traga confortos e possibilidades de obter prazeres, aumenta na mesma proporção o número de pessoas infelizes, angustiadas e insatisfeitas com suas vidas.
Uma das principais razões é, certamente, o fato de que a sociedade em que vivemos alimenta a ilusão de que a felicidade será encontrada no acúmulo de dinheiro, bens materiais e honrarias que somente fortalecem o ego.
Aos poucos, vamos nos dando conta de que as vitórias obtidas, só fazem surgir novos desejos, tornando-nos um poço sem fundo de necessidades não realizadas.

A saída deste círculo vicioso só é possível quando nos conscientizamos de que, quanto mais tempo dedicamos aos objetivos externos, menos conhecemos a nós mesmos. E, consequentemente, menores são as chances de descobrirmos nossos reais poderes.
A crença nos valores que nos foram impostos é o principal obstáculo para o fortalecimento de nossa auto-estima. Somente quando nos tornamos capazes de enxergar nosso valor como seres humanos,- independente das limitações que possuímos, é que poderemos alcançar satisfação mesmo nas nossas menores conquistas.
Valorizar aquilo que nos realiza, que faz bater mais forte nosso coração, independente do reconhecimento do mundo, é o caminho mais seguro para experimentarmos a paz e a alegria que faz a vida valer a pena.

(Crystal Espaço Terapêutico)